domingo, 20 de abril de 2014


De tempos a tempos – na cama – um braço estende-se na procura de um corpo há muito conhecido. A procura cai no vazio. O braço regressa ao encontro do outro e entrelaçam-se comprimindo um peito ofegante e um suspiro de certeza.
A madrugada aparece acompanhada do marido que entra na cama devagar. E procura, ele, também. A procura cai no vazio. O vazio não consegue perdoar.
Arménia Madail, in Desafios

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