sábado, 24 de janeiro de 2015


Sou eu...
Entre lágrimas, rosto sulcado, corpo decrépito.
Sou eu...
Entre o vento, a chuva, o nevoeiro.
Sou eu...
Entre caminhos sinuosos, rios pantanosos, mares revoltos.
Quem sou?
Um corpo que vagueia num planeta escuro, sem oxigénio, só.
Uma alma que procura a entrada prometida da adolescência.
Um ser que se repugna a morte do outro, a morte do inocente.
Alguém que tem as entranhas nas mãos e, ainda, consegue um grito.
Um grito que sai calado mas que se projeta no infinito.
Um grito, um ser, uma alma, um corpo, um EU.