Recordo quanto tempo amei -
nesse passado longínquo - o teu
singelo olhar enigmático; hoje, recordo e quero acreditar: eras um sonho; a
outra face do amor. Sim, o teu corpo indelével a querer entranhar-se em mim –
corpo descarnado: inerte.
A tua boca: segue procurando
o impossível! As tuas pernas entrelaçadas, nas minhas, reclamam a posição
excitante; a recusa constante da penetração – em sonho impossível – responde em
sofrimento; a face oculta, será verdadeira?
Desfaleço finalmente (nos
teus braços), deixo que me descubras – ávido de amor...
Vou, tu também, os nossos corpos
colam. As entranhas sentem as gotas de suor, ouvem os gemidos, o pulsar
intermitente; sonho, será isto um sonho, um desejo insuportável de algo mais –
, desejo animalesco incapaz de parar – a procura total, o êxtase: este louco
amor inolvidável: morreu comigo.
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