terça-feira, 14 de outubro de 2014



"Desejo tanto...
Desejo tanto que as noites devorem rapidamente os dias para te poder encontrar.
Desejo tanto os teus seios rígidos que chamam a minha carestia de amor; as tuas mãos a palmilhar o meu corpo na procura de mim; ter-te nas minhas mãos; tocar-te com os meu lábios; sentir o teu odor; desejo tanto que me deixes entrar e ficar até que os nossos sentidos deixem de ser sentidos...
Há muito que a minha avidez se tornou um irremediável tormento e, para serenar, imagino-te numa entrega à água cristalina na esperança de que um dia ela te possa purificar. E fico, sentado no cadeirão, à espera do impossível do possível: que todos os homens, a quem te entregas, cruzem os oceanos e por eles sejam tragados.
Desejo tanto!

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