- Que aconteceria?
- Queres saber? Salta e logo verás.
-Que pensas? Crês que não sou capaz? E é já! Aquele corpo
deixa-me excitado e sem medos.
- E lá vais tu!
- Este salto foi perfeito: acabei de ver a mulher que vai
dizer sim e à qual eu vou retribuir com um sim, também.
-Olha! Olha... saiu da água. A água cola-lhe o fato de banho
e deixa as suas formas chamarem-te. Vais?
- Siiiiim.
- ...?
- ...
- Então?
- Ela deixou e eu entrei: no seu corpo.
- E ela sabe?
- Não, ainda não. Deixei-me amar entre uma hora e outra e
deixei o relógio parar.
- Sim, já sei: parou no rescaldo da convalescença da VOSSA pequena
história: o primeiro encontro, o primeiro toque, o primeiro beijo.
- Oh! Meu Deus! Sei que está envolta numa penumbra de
loucura ao olhar-me neste novo mundo. Sei que espera por mim em cada suspiro,
em cada gesto, em cada pensamento, contudo não a quero.
- Pois, não queres que ela te siga, que te aquiete, que te chore. Queres o silêncio das suas palavras.
- Claro! O lugar onde estou é
etéreo e o relógio precisa de corda!- Pois, não queres que ela te siga, que te aquiete, que te chore. Queres o silêncio das suas palavras.
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