Entre as avenidas daquela cidade imponente, seguia um carro conduzido por um vulto que devorava com os olhos as
lojas iluminadas: procurava as mais belas lojas. Aquela levou-o a uma paragem brusca:
desceu, correu e entrou. Entregou um papel à balconista que imediatamente lhe
deu o que tinha na gaveta; saiu. Entrou na seguinte e fez o mesmo. Depois de
várias visitas entrou no carro e
conduziu-o a alta velocidade. Chegou a casa e olhando para todos os lados,
correu para o seu quarto e deliciou-se com os seus haveres adquiridos:
passou-lhes a mão em jeito de carícia – uma, duas, três vezes – e reconfortado
guardou-os no cofre. A saída para uma nova procura levou-o ao bordel mais
próximo e libertou a sua vontade escolhendo as mulheres mais belas e exóticas,
arrancando-as dos braços dos outros; a noite foi só dele. A manhã despertou ávida
de sol e o homem acordou com ela.
Sem comentários:
Enviar um comentário