Acordei… (daquele etéreo sono) com uma paz de espírito – será paz?- O
sorriso tenta apoderar-se de mim ao mesmo tempo que o meu amor vai
desaparecendo, deixando o meu corpo em descanso. Deixei de te amar. E agora?
Levanto-me decidida a não mais
carpir, a não mais sentir, a não mais implorar! Quero erguer uma muralha entre
mim e ti!
E caminho nas pedras rugosas
da vida em direção à espuma – espuma esponjosa – que absorve todas as minhas
amarguras, as minhas dúvidas, as minhas certezas incertas. Quero cair no abismo
de outros braços, rebolar nas linhas curvas de outro corpo, mergulhar nas
pupilas de outro olhar, inebriar-me de amor! Foi por tudo isto que o sorriso se
apoderou de mim.
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